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O poder da diversificação dos investimentos com FIDCs

Descubra como os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) ajudam a diversificar sua carteira de renda fixa, oferecendo retorno superior e menor correlação. Leia e saiba como a Audax Capital pode orientar seus investimentos.

Num mundo de incertezas econômicas, diversificar os investimentos deixou de ser um jargão para se tornar uma necessidade. Com a Selic ainda em patamares elevados e a volatilidade dos mercados de renda variável, investidores buscam alternativas que unam rentabilidade e segurança. Nesse contexto, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) têm ganhado protagonismo como instrumento de diversificação. Em 2025, o patrimônio líquido dos FIDCs ultrapassou R$ 687 bilhões, crescendo 10 % apenas nos seis primeiros meses do ano. O número de fundos chegou a mais de 3,3 mil estruturas, impulsionado pela abertura do produto aos investidores de varejo.

Na Audax Capital, acompanhamos de perto essa evolução. Neste artigo, explicamos por que adicionar FIDCs à sua carteira pode potencializar seus ganhos, diluir riscos e contribuir para o desenvolvimento da economia real. Veja como funciona a diversificação com FIDCs, quais benefícios ela oferece e quais cuidados são essenciais antes de investir.

O que significa diversificar investimentos?

Diversificar é distribuir os recursos entre diferentes classes de ativos, setores e emissores para reduzir a exposição a um único risco. Em vez de concentrar o patrimônio em um único tipo de aplicação, o investidor combina títulos públicos, renda fixa bancária, fundos imobiliários, ações e, agora, FIDCs. O objetivo é que, quando um segmento enfrenta uma turbulência, outros continuem gerando resultados positivos, reduzindo a volatilidade total da carteira.

Os FIDCs se encaixam nessa estratégia por representarem uma forma de renda fixa baseada em crédito privado, com remuneração frequentemente superior à dos CDBs e títulos públicos. Ao investir em FIDCs, o investidor expande o leque de ativos da carteira e adiciona uma fonte de retorno menos correlacionada aos mercados tradicionais.

Como os FIDCs contribuem para diversificar a carteira

Retornos e riscos não correlacionados

Os FIDCs investem em direitos creditórios – duplicatas, parcelas de cartão de crédito, aluguéis, contratos de financiamento –, que possuem dinâmica própria. Diferentemente dos títulos públicos, cujo valor reage diretamente às variações de juros, o desempenho dos FIDCs depende do pagamento dos devedores e da qualidade da carteira. Isso cria uma correlação menor com a oscilação do mercado. Para os investidores, essa característica é um diferencial, pois adiciona uma camada de renda fixa menos sensível a movimentos bruscos dos juros.

Setores e tipos de recebíveis

Os FIDCs permitem investir em diferentes setores econômicos simultaneamente. Existem fundos dedicados ao agronegócio, varejo, educação, saúde, imobiliário, consignado público, financiamento de veículos e até mesmo entretenimento. Cada um desses segmentos reage de forma distinta a ciclos econômicos, sazonalidades e políticas setoriais. Ao combinar cotas de FIDCs com diferentes carteiras de recebíveis, o investidor dilui o risco de concentração, pois eventuais dificuldades em um setor podem ser compensadas por bons resultados em outros.

A estrutura dos FIDCs favorece a diversificação

Para manter a isenção do imposto semestral de come‑cotas, os FIDCs precisam aplicar pelo menos 67 % da carteira em direitos creditórios elegíveis, o que lhes confere maior previsibilidade tributária. Os gestores costumam estruturar fundos com 30 a 40 cotas distintas de FIDCs, incluindo cotas seniores e mezanino. Essa pluralidade de cotas dentro de um mesmo fundo já cria uma diversificação interna significativa. Para o investidor pessoa física, acessar uma carteira tão ampla seria inviável sem a estrutura de um FIDC.

Além disso, fundos de fundos (FIC‑FIDC) possibilitam alocar recursos em diversos FIDCs por meio de uma única aplicação. Gestoras especializadas buscam diferentes combinações de setores, índices de remuneração (CDI ou IPCA) e níveis de subordinação, construindo portfólios que maximizam o retorno ajustado ao risco.

Benefícios para empresas e a economia real

Os FIDCs não apenas favorecem os investidores. Eles desempenham um papel crucial no financiamento das empresas, sobretudo pequenas e médias, que encontram dificuldade de obter crédito nos bancos. Ao antecipar recebíveis, as empresas ganham liquidez e podem investir em expansão, inovação e geração de empregos. Essa injeção de recursos movimenta a economia, distribui a oferta de crédito e reduz a concentração do sistema bancário.

No cenário de juros altos, muitos bancos restringiram linhas de crédito, fazendo as empresas recorrerem aos FIDCs para captar recursos a custos competitivos. Ao apoiar essas operações, o investidor contribui, indiretamente, para o desenvolvimento de múltiplos setores da economia.

Vantagens de diversificar com FIDCs

As principais vantagens de incorporar FIDCs à sua estratégia de diversificação incluem:

  1. Rentabilidade atrativa: Cotas seniores e mezanino oferecem spreads sobre o CDI que superam a maioria dos produtos bancários, com remuneração pré-determinada e menor volatilidade.
  2. Exposição a créditos privados diversificados: Ao investir em diferentes tipos de recebíveis e setores, o FIDC reduz o risco específico e proporciona acesso a oportunidades que não estão disponíveis em produtos bancários tradicionais.
  3. Benefícios fiscais: Fundos que mantêm o mínimo de 67 % em direitos creditórios elegíveis são isentos de come‑cotas e têm alíquota de IR fixa de 15 % sobre os rendimentos.
  4. Acesso a carteiras completas: Gestoras experientes estruturam fundos com dezenas de cotas, permitindo ao investidor pessoa física acessar um portfólio robusto com aporte mínimo relativamente baixo.
  5. Contribuição ao crescimento das empresas: Ao comprar cotas de FIDCs, você financia empresas que precisam de capital para expandir, diversificar ou equilibrar o fluxo de caixa, ajudando a dinamizar a economia.

Estatísticas recentes sobre o mercado de FIDCs

O mercado de FIDCs atravessa uma fase de expansão vigorosa. Em 2024, a captação líquida da classe somou R$ 113,5 bilhões, avanço de 184 % em relação a 2023. No mesmo período, o número de fundos cresceu de 2.288 para 2.778 e a participação de pessoas físicas mais que dobrou. Na primeira metade de 2025, o patrimônio líquido aumentou 10 %, atingindo R$ 687 bilhões, e as ofertas de FIDCs no mercado de capitais levantaram R$ 52,4 bilhões.

Além disso, a reforma regulatória CVM 175, de outubro de 2023, permitiu que investidores não qualificados comprassem cotas seniores de FIDCs, aumentando a base de investidores. A ausência de come‑cotas e o ambiente de juros altos também serviram de catalisadores para essa classe.

Esses números mostram que os FIDCs deixaram de ser um instrumento restrito a investidores institucionais e se tornaram parte importante do mercado de capitais. Essa evolução reforça o papel dos FIDCs como ferramenta de diversificação e de acesso ao crédito, tanto para investidores quanto para empresas.

FAQ

  1. O que diferencia um FIDC de outros fundos de renda fixa?
    Enquanto fundos DI ou de títulos públicos investem em instrumentos emitidos por bancos ou pelo governo, os FIDCs compram recebíveis de empresas, como duplicatas e parcelas de cartão. Isso oferece potencial de retorno maior, porém com risco de crédito e liquidez diferente.
  2. Qual é o valor mínimo para investir em FIDCs?
    O investimento mínimo varia conforme a gestora. Existem fundos de fundos (FIC‑FIDC) que aceitam aplicações a partir de alguns milhares de reais. Alguns FIDCs exigem aporte inicial mais elevado, adequado a investidores qualificados.
  3. Investir em FIDCs é seguro?
    Os FIDCs são regulados pela CVM e possuem auditoria e custódia, mas envolvem riscos de crédito e liquidez. A segurança depende da qualidade dos créditos, da estrutura de subordinação e da experiência do gestor.

Conclusão

A diversificação é um dos pilares da gestão moderna de investimentos. Ao incluir FIDCs na carteira, o investidor acessa uma classe de ativos que combina rentabilidade superior, proteção contra volatilidade de juros e impacto positivo na economia real. Dados recentes mostram que os FIDCs cresceram mais de 184 % em captação entre 2023 e 2024 e, em 2025, o patrimônio supera R$ 687 bilhões. Essa expansão, somada à flexibilidade regulatória e à entrada de novos investidores, reforça o poder dos FIDCs como instrumento de diversificação.

Na Audax Capital, acreditamos que uma carteira bem distribuída entre diferentes tipos de FIDCs, índices de remuneração e níveis de subordinação pode melhorar o perfil de risco/retorno dos investimentos. Se você deseja construir ou revisar sua estratégia de crédito privado, assine nossa newsletter ou entre em contato com nosso time de especialistas. Estamos prontos para ajudar você a explorar o potencial dos FIDCs e a tomar decisões baseadas em informação e segurança.

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